Roberto completa o seu plano maquiavélico para fazer o Manel voltar para Portugal: Estes fins de tarde não são mágicos, são quentes, suaves, musicais e visualmente perfeitos. Ouvem-se as ondas rebentar... A praia mudou de forma com a maré. As pessoas vão-se todas embora e voltamos a ter a nossa praia só para nós como quando eu era mais miudo. Depois de nos apercebermos que só estamos nós num areal interminável: respiramos. Rejubilamos com uma meia hora às vezes uma hora de gaivotas, areia mais quente do que o ar, reflexos, sombras longas e cores de laranja por todo o lado. Comem-se as últimas "sandes" e ovos cozidos. Bebem-se as últimas gotas de água fresca. Combinam-se os programas para a noite, um para cada geração. O barqueiro quer ir para casa e somos obrigados a partir do sítio onde eu, o roberto e se calhar mais alguns querem deixar as suas cinzas por ser uma metáfora viva da origem da nossa alma. Os dedos enterram-se na areia que não conseguimos agarrar: é o último dia. Adeus F. voltaremos para o ano cheios da falsa esperança que esses 15 dias se repitam eternamente.
5 Comments:
Ai estes fins de dia em fábrica...
Tão bonito Grande Mestre!
Tão bonito!
Gosto desta fotografia...
Isto é uma fotomontagem.
Garanto que não é.
Roberto completa o seu plano maquiavélico para fazer o Manel voltar para Portugal:
Estes fins de tarde não são mágicos, são quentes, suaves, musicais e visualmente perfeitos. Ouvem-se as ondas rebentar... A praia mudou de forma com a maré. As pessoas vão-se todas embora e voltamos a ter a nossa praia só para nós como quando eu era mais miudo. Depois de nos apercebermos que só estamos nós num areal interminável: respiramos. Rejubilamos com uma meia hora às vezes uma hora de gaivotas, areia mais quente do que o ar, reflexos, sombras longas e cores de laranja por todo o lado. Comem-se as últimas "sandes" e ovos cozidos. Bebem-se as últimas gotas de água fresca. Combinam-se os programas para a noite, um para cada geração. O barqueiro quer ir para casa e somos obrigados a partir do sítio onde eu, o roberto e se calhar mais alguns querem deixar as suas cinzas por ser uma metáfora viva da origem da nossa alma. Os dedos enterram-se na areia que não conseguimos agarrar: é o último dia. Adeus F. voltaremos para o ano cheios da falsa esperança que esses 15 dias se repitam eternamente.
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